As caras da noite paulistana: falamos com clubbers que batem cartão nas festas e clubs da cidade


Por: Anderson Santiago – com colaboração de Gabriela Loschi

A noite da maior cidade do país, como não poderia ser diferente, é também a mais diversificada e, quiçá, a mais animada do país – ou uma das (veja bem, não queremos aqui causar polêmica com outras regiões também animadas, hehe). Mas São Paulo é especial, afinal, estamos falando de uma das maiores metrópoles do mundo. E se você falar especificamente de música eletrônica, o leque de opções em São Paulo é também gigantesco: há cada vez mais baladas, festas e clubs para todos os tipos de idade, público e bolsos. 

Em 2016, as festas independentes se consolidaram como movimento e como roteiro certo que, de acordo com muitos clubbers, se assemelha muito ao que ocorreu em cidades como Berlim e Londres há algum tempo. 

Já o roteiro dos clubs, mais que consolidado, tornou-se mais atrativo com a abertura de casas novas mais intimistas e com a consolidação de uma agenda internacional de DJs agitadíssima que nem sequer ouviu falar de crise. 

A fim de conhecer um pouco quem está dando as caras, enchendo as pistas e ajudando a fortalecer cada vez mais essa cena e a economia notívaga, conversamos com nove clubbers de carteirinha que têm em comum a disposição de nunca dispensar um fervo embalado por bons beats. Confira:

 

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Cadu Santiago, 27 anos, produtor de moda


HOUSE MAG – Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em 2016 e por quê?

CADU SANTIAGO – Se eu for escolher uma, onde música, qualidade do soundsystem e visuais estão em perfeita sintonia, a eleita é a Freak Chic, noite de sexta-feira do D-Edge. Gosto também da ODD e da Capslock.


Quando começou a ir?

Olha, é difícil lembrar quando comecei a frequentar, uma vez que a quantidade de neurônios no meu cérebro vem diminuindo a cada semana, mas acho que comecei a frequentar assiduamente em 2012 e 2013.


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa.

Minha melhor história seria censurada, risos. Mas tiveram várias noites muito fodas no D-Edge nas quais conheci personagens incríveis da noite paulistana. Fui várias vezes sozinho e saí de lá em direção a algum after hours com várias pessoas divertidíssimas. Uma vez cheguei a trocar umas três palavras com o Seth Troxler depois do seu set e isso me marcou muito. Além disso, nas salinhas do lounge, que ficam escondidas, acontece muita coisa. Uma vez fui expulso do clube e fiquei durante uma mês na black list sem nem ao menos saber o motivo… Coisas que acontecem na noite!


Com o que você se identifica mais na festa?

Com a libertinagem, a “montação” e, lógico, com os melhores sets de São Paulo.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

Com certeza a invasão das festas em lugares inusitados. As festas de rua e ocupações de locais insalubres também foram importantes, pois chamaram a atenção para a revitalização desses lugares. Outra coisa: festas com discursos políticos e sociais fizeram muita gente pensar e debater temas delicados como esses. Quem disse que dançar loucamente por até 24 horas também não é um ato de protesto?




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Raisa Paula, 29 anos, Analista de Risco de Crédito


HOUSE MAG – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

RAISSA PAULA – Como sou apaixonada por techno e tech-house, principalmente aqueles de anos atrás, freqeunto festas underground como o Moving, do D-Edge, além de eventos como “Das Loch”, “Leeds” e o “Warung Day Festival”. Aliás, adoro e sou frequentadora assídua do club catarinense. Além dessas, eu vou a festas como “Sundaze”, “Perfect Life”, “Sailor Goes House Out” e “Out of the Box”, pois também curto muito house e deep house. Frequento bastante as festas da Inner (Inner MultiArt e Inner Sessions) e do as do Dre Guazelli (Sábado Dre Tarde), essas me trazem aquela paz em meio ao estresse da cidade, a música é mais leve, encontro grandes amigos e sempre me divirto horrores.


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em SP em 2016 e por que?

Sobre clube, não tem como: o D-Edge com certeza ganha. Já a melhor festa do ano foi aquela com o Sven Vath no espaço Nos Trilhos. Até agora estou tentando entender tudo o que ele fez lá! O “papai” do techno trouxe tudo que há de melhor quando falamos sobre o passado, o presente e o futuro da “technera”. Que Festa!


Quando começou a ir?

Sempre gostei de sair à noite, tanto que frequento o D-Edge há 11 anos… Com relação às festas, comecei a comecei a frequentá-las há três anos. Nunca fui muito adepta das raves, mas curto muito festivais, como Ultra Miami, a que fui em 2016.


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição dessas festas.

Vixe, são tantas (risos). Já aconteceu de tudo um pouco comigo, até perder o sapato no meio da pista e ficar descalça procurando por ele no meio da Fabriketa. Outra história que lembro foi quando eu fui a uma dessas festas e, desesperada pra ir ao banheiro, entrei sem querer no masculino. Lá dentro, dou de cara com um amigo meu beijando outro cara. Detalhe que ele fazia a linha “machão” e não havia saído do armário ainda. Olha, não contei para ninguém sobre aquela situação e pensei comigo: “nunca mais entro no banheiro errado!”.


Com o que você se identifica mais nessas festas?

Com certeza com o som. Sem ele, mesmo que a festa seja realizada no lugar mais sensacional do mundo, não tem como a balada ser efetivamente boa.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

Sem dúvida foi a valorização do techno nas pistas. Foram tantos DJs internacionais que vieram à cidade e tantos eventos que foi praticamente impossível acompanhar tudo. Sofri muito perdendo alguns deles, como a apresentação do Richie Hawtin no D-Edge.




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Daniel Santos, 31 anos, economista


HOUSE MAG – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

DANIEL SANTOS – ODD, Mamba Negra, Capslock, Dûsk, Dsviante e Selvagem.


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em 2016 e por quê?

A ODD de novembro, com os DJs Daniel Avery e Massimiliano Pagliara. Foi a festa que me fez bailar até as duas da tarde e me fez ouvir um set que vai ficar na memória. O do Massimiliano ocorreu debaixo de um sol das 11 da manhã. Uma experiência incrível.


Quando começou a ir?

Frequento a ODD desde seus primórdios, em 2014.


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa.

Na edição de novembro, estava na balada há quase 12 horas, quase desistindo e indo pra casa, morto de cansado, quando resolvi esperar uma amiga que tinha acabado de acordar, tomar café da manhã e queria ferver. Ela chegou, começou a tocar o Massimiliano e eu fiquei ótimo novamente, dançando até tarde. Subestimei o meu próprio espírito clubber.


Com o que você se identifica mais na festa?

Com a experiência musical que ela proporciona. A curadoria é de primeira e o foco é na música e nos artistas. A pista escura e o envolvimento do público, que adere totalmente à proposta da balada, criam o ambiente que eu mais gosto na noite para dançar.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

São Paulo mostrou que pode ter a melhor noite do mundo, se quiser e se houver condições. O SP na Rua foi emblemático: foi incrível ver todo o universo underground da cidade espalhado pelo Centro numa noite gratuita e democrática, com toda a sua riqueza e diversidade artística muito bem representadas. Foi também o ano de descobrir os lugares cênicos da cidade, antes ermos e inutilizados, e que serviram de palco para as edições inesquecíveis das raves urbanas da cidade, como a ODD. Ouvi dizer que a noite paulistana está com o frescor dos primórdios da noite de Berlim, com aquele clima de novidade e hedonismo que pairava no renascimento da cena berlinense, e creio que isso resuma bem o sentimento de retomada que experimentamos esse ano na nossa cidade.




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Ronalda Bi, maquiadora


HOUSE MAG  – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

Primeiramente, a Capslock… e as outras de que consigo dar conta.


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em SP em 2016 e por que?

Foram  muitas, mas a melhor mesmo é a Capslock. Em relação aos clubes, tenho ido a poucos, mas gostei bastante do Jerome e do Lourdes, duas novidades da cidade. Agora a escolha da Caps é simples: lá é festa do começo ao fim. O D-Edge também entraria na minha lista de melhores clubes, apesar de não ter ido muito em 2016.

Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa. 

Hum…. uma história que lembro numa Capslock: ter subido no andaime, decido e depois ter sido proibida de subir de novo. Hahaha.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

Os pontos altos sem dúvida são as festas fora de clubs, como a Vampire Haus, a Odd, a Caps, a Mamba e muitas outras. Aí tem também os after-hours…




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Gregory Zimmermann, 29 anos, planejador criativo


HOUSE MAG – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

São Paulo tem festa para todos os gostos, gosto muito do Pan Am, mas o club Jerome está no meu coração ultimamente.


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em SP em 2016 e por que?

Jerome com certeza, não há outro lugar como lá. É como se todo o ambiente fosse uma área VIP. Lá tem pessoas legais, descontraídas, interessantes, importantes e incrivelmente humildes. O som é incrível.


Quando começou a ir?

Recebi um convite do DJ Eduardo Corelli, conheci a casa em meados de novembro e foi paixão à primeira vista!


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa.

Teve uma quarta-feira em que o club encheu de advogados, todos entraram bem “certinhos” na casa e, após as três da manhã, meu amigo… estava todo mundo muito doido, se abraçando, se revelando. Eu mesmo fiquei amigo de uns sete advogados aquela noite. Tenho cada segredo… Hahahaha.


Com o que você se identifica mais na festa?

Humildade. Sabe, já fui a muitas festas em São Paulo em que há pessoas chatas que se acham, ficam de nariz empinado e te esnobam. No Jerome não é assim. Lá frequentam pessoas realmente fodas, mas que te tratam como iguais e com muita humildade. O lema da casa é “divirta-se” e é isso o que importa pra mim. Cacá Ribeiro, Erika Palomino, Corelli, Felipe Venancio, Marcelona e outras realezas da noite paulistana te tratam como se você fosse da família.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

Eu acho que a noite paulistana estava um pouco abandonada e todas as festas eram bem parecidas. Em 2016, acho que houve uma mudança de cultura, estamos presenciando umas festas e clubes novos surgindo, locais que fogem totalmente do “padrão” de baladinha em Sampa.




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Raissa Dias, Community Manager


Quais são as festas que você frequenta?

RAISSA DIAS – Carlos Capslock, Mamba Negra, Subdivisions, ODD, Gop Tun e Dusk.


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em 2016 e por quê?

Carlos Capslock. Além de eu estar envolvida com a festa, é uma das que vou desde o começo. É uma festa muito importante para a cena, que ajudou a moldar os formatos em que estamos vivendo os rolês hoje em dia. Foi uma das primeiras que juntava a galera clubber e o pessoal que adorava a Voodoohop, por exemplo. Sempre achei muito importante toda a vibe de inclusão da festa e a liberdade que ela proporciona. Além disso, é muito gratificante ver a festa evoluindo, sua produção crescendo e a cada festa eles entregarem uma experiência nova incrível com uma estrutura cada vez melhor: soundsystem de qualidade, performances incríveis, cenografia, iluminação. Além da Caps, eu acho que a Mamba Negra tem uma importância muito grande na cena por ser feita por mulheres, é um peso de valor muito importante, muito mesmo, para toda essa revolução clubber que está ocorrendo na noite paulistana.


Quando começou a ir?

A primeira que eu fui foi em 2012, quando era realizada na Trackers. Mas comecei a frequentar mais assiduamente em 2014, depois que voltei pro Brasil, e nunca mais parei.


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa.

Nossa, são tantas, mas uma que me marcou bastante foi quando o Tessuto saiu de dentro de um dos caixões no meio da pista na edição “Funeral do Gigante”. Um pessoal da produção, da segurança e alguns frequentadores levaram o caixão até o meio da pista e ele saiu de lá agradecendo o pessoal. Tem até um vídeo no Instagram desse momento.


Com o que você se identifica mais na festa?

Me identifico com tudo: a energia da festa, o posicionamento e sua a ideologia, pois, nos tempos em que vivemos, pista também é ato de resistência. A festa e o formato dela foram uma necessidade da juventude no momento, um reflexo. Além disso, acho muito importante que a Casplock não seja apenas uma festa, é toda uma experiência, o que conversa bastante com a necessidade e a vontade das pessoas hoje, que buscam por isso. Além de música, a festa também tem moda, gastronomia, arte e workshops com DJs e produtores. Além disso, é democrática e oferece ingressos nos primeiros lotes a preços mais baratos, o que incentiva a inclusão. Outro fator que eu acho muito legal são as performances que resgatam um pouco da cultura clubber 90s da “montação” e faz um cross muito incrível com o público, onde o respeito se faz mais que necessário.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

A noite está amadurecendo, creio que estamos chegando à adolescência de uma cena que começou por volta de 2010 e foi evoluindo. Ao mesmo tempo que temos festas mais velhas crescendo absurdamente neste último ano, trazendo um novo público e, muito importante, educando uma nova geração que está chegando, temos festas menores. Algumas dessas festas são mais específicas e outras nem tanto, mas é legal ter festas de todos os portes, gostos, estilos e vibes. O ponto mais forte é perceber que tem público para tudo e todos O SP na Rua de 2016 foi um marco no crescimento dessa cena, eu comecei a ir em 2014 e nessas três edições o crescimento é nítido e claro.




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Tiago Lopes, 28 anos, jornalista


HOUSE MAG – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

TIAGO LOPES – Com constância: Selvagem, Gop Tun e ODD.


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em 2016 e por quê?

Selvagem convida Velesuchi. As engrenagens da noite rodaram bem demais: público era numeroso, mas nem tanto (aglomeração na medida) e abraçou demais a convidada, que fez um baita set extenso, pesado, de tacar fogo no chão. Também teve uma Selvagem onde Millos e Trepanado estrearam um bocado de coisas nunca antes tocadas na festa (quando você tem uma festa favorita, já saca bem as faixas mais tocadas por quem está no comando, e novidade é sempre mais massa).


Quando começou a ir?

A primeira lembrança que tenho de uma Selvagem foi ver os dois DJs já tocando sob essa alcunha numa noite do clube Neu, antes das festas do Paribar, se não me falha a memória.


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa.

Dá pra conhecer uma muita gente nas áreas de fumante da Selvagem. Como essa socialização fácil acontece porque geral já está chapada, rolam algumas conversas bem comédias. Agora, lembrar alguma específica…


Com o que você se identifica mais na festa?

O gosto pela pesquisa musical dos DJs. É bem massa ouvir um som pela primeira vez numa pista, gostar de cara e já estar no melhor lugar para aproveitar esse primeiro impacto com gosto mesmo.

Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

Aumento da oferta de lugares onde as festas acontecem. Lapa, Centro, Brás, Mooca, nunca antes havia rodado tanto por SP por causa de festa. Isso e os preços “okeys” das bebidas/entradas. O que a gente tinha na cabeça quando gastava 100 contos só para cruzar a porta de um clube “marromenos”?




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Paulinha Portes, 33 anos, analista de TI


HOUSE MAG – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

PAULINHA PORTES – Vampire Haus, Mamba Negra, Capslock, Dsviante, Manicômio, Caldo, Odd, Selvagem… a lista de fervo é longa!


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em 2016 e por quê?

Vampire Haus. Porque simplesmente os caras mandam muito bem no som, na proposta e afins. Sentir a rua, no caso, a Praça Ramos, é uma experiência única que em dias normais não seria tão possível devido à criminalidade que domina o local, principalmente à noite.


Quando começou a ir?

Exatamente não me recordo, mas como sou órfã da Voodoohop, fui conhecendo as outras festas derivadas na sequência. Conheci o casal Belalugosi entre 2014 e 2015.


Conte uma história engraçada ou inusitada que ocorreu com você em alguma edição da festa.

O melhor dessas festas é a democratização do rolê: de repente estou dançando com uma “magya” e cinco minutos depois posso dançar com um morador de rua. E esse tato, essa possibilidade, poucas festas e rolês oferecem.


Com o que você se identifica mais na festa?

“Technera vampirística”.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

As fábricas abandonadas tomadas pelo eixo Mamba Negra/Capslock, SP na Rua e algumas poucas noites da Vampire no lounge do D-edge.




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Pablo Suarez, 23 anos, social media


HOUSE MAG – Quais são as festas que você frequenta em São Paulo?

PABLO SUAREZ – Gop Tun, Freak Chic e Mond


Qual foi a sua festa ou noite de club preferida em 2016 e por quê?

O showcase do Dekmantel na Praça das Artes em janeiro, promovido pela Gop Tun. A festa no geral foi maravilhosa: organização, público e local impecáveis. Por ter sido uma day party (vibe diferente e que amo) somada ao showcase de um dos melhores labels da Europa, que contava com live de Fatima Yamaha, um artista ímpar que toca com emoção. Quando ele começou a tocar seu hit “Whats a Girl to Do” a festa foi abaixo!


Quando começou a ir?

Comecei a frequentar a Freak Chic final de 2014 e as festas independentes no começo de 2015.


Com o que você se identifica mais na festa?

Gosto muito de ver que a festa se preocupou em educar culturalmente o público, ou seja, quando a festa transmite conceito e aprendizado além de simples entretenimento e diversão. Como gosto bastante de house, soul, funk e disco, a festa ganha meu respeito quando revive ou quando usa de referência os anos 1980.


Quais foram os pontos altos de 2016 na noite paulistana, na sua opinião?

No geral, devido ao crescimento e firmamento das festas de rua, acredito que 2016 foi um bom ano para cena underground. O que me preocupa é o crescimento da cena comercial que não se preocupa nada em educar seu público, isso é lamentável. Acredito que falta muita Alpha FM e Antena 1 na vida de alguns jovens “deepzeros” e “techneros”.


 


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