Por: Nazen Carneiro, da coluna Tudobeats
Desde 2009, o Rio Music Conference promove o maior encontro de música eletrônica e entretenimento da América do Sul. Com participação ativa dos principais players da indústria criativa, o RMC 2016/2017 foi dividio em três etapas: Curitiba, São Paulo e a edição principal no Rio de Janeiro, abordando aspectos locais, nacionais, da América Latina e do mundo. A primeira das três etapas aconteceu em Curitiba, (leia aqui), a segunda em São Paulo e, na segunda semana de fevereiro de 2017, a etapa principal no Rio de Janeiro.
Em seu nono ano o Rio Music Conference – que já é um evento plenamente estabelecido na indústria criativa e considerado a principal conferência de negócios relacionados à música eletrônica da América Latina – reflete o vigor deste segmento e quebra seus próprios records. Foram mais de 1500 participantes em três dias, além de dezenas de convidados para os painéis, dentre eles alguns dos mais importantes empresários, empreendedores, artistas e pessoas que fazem a diferença onde atuam. Durante a conferência, também é entregue o Prêmio RMC, que aponta os destaques em diversas áreas. Confira todos os vencedores aqui.
A House Mag foi eleita pela quarta vez o Melhor Veículo Especializado do Brasil! Concorremos com Alataj, Musicnonstop, Stereo Minds e Phouse. Obrigada a todos os embaixadores que votaram em nós! Sem dúvidas 2016 foi um ano muito especial e que esse reconhecimento nos faça ainda melhores em 2017
Além do prêmio, realizamos a cobertura do evento e convidados diversos atores desta rica cena cultural e empresarial para que comentassem alguns dos painéis que assistiram e acrescentassem suas experiências pessoais. Infelizmente são tantos os painéis que não poderíamos falar de todos, mas divididos em cinco salas simultâneas e o resultado foi muito positivo: uma cobertura compartilhada que traz diversos pontos de vista para que você, nosso leitor, possa conhecer um pouco mais do que está rolando nesta cena efervescente e quem movimenta os mais de 7 bilhões de dólares desta indústria no mundo todo. O mercado cresce no Brasil todo e o papel do Rio de Janeiro é cada vez mais significante.
DIA 1 – QUARTA-FEIRA, 15/02
How to Talk Millennial
Não é surpresa que os “millenials” não se comunicam do mesmo modo que as gerações anteriores de fãs de música e, claro, não usam as mesmas plataformas. Mais exigentes, eles buscam ativamente por autenticidade e não aceitam qualquer produto de bandeja. Sabendo disso, como você leva sua mensagem até eles? O que você deveria dizer ou deixar de dizer e como você pode convencê-los de que seu show ou track valem seu precioso tempo?
Wade Cawood – Pulse Radio
Victor Ruiz – DJ/Producer
Chiara Belolo – Scorpio Music
Miguel Marangas – Rock in Rio / Eletrônica
Moderador: Bruna Calegari – Hot Content
Comentário: Nazen Carneiro ( NZPR)
Neste painel a mediadora Bruna Calegari colocou a questão da dificuldade de se comunicar com os diferentes públicos, usar os canais oficiais, redes sociais e demais ferramentas de modo a ter sua mensagem compreendida e melhor: aceita. Victor Ruiz colocou, entre outras coisas, que suas redes sociais já foram geridas por uma empresa mas hoje ele prefere fazer ele mesmo: “Prefiro falar eu mesmo, responder as mensagens, fazer do meu jeito. Pode não ser a forma mais `efetiva` mas é uma forma verdadeira de falar com meu público“, disse Ruiz. Miguel Marangas, boss do palco Eletronica do Rock in Rio citou o papel do palco para trazer diferente sonoridades e artistas para um público que tem mais contato com outros estilos de música. Chiara Belolo, francesa, é representante do Scorpio Music, grupo que lançou o mundialmente famoso “Village People”. Ela citou que hoje existe amplo acesso à informação então com tanto conteúdo a atenção aos artistas fica dividida e Wade Cadwood da Pulse Radio – veículo de origem australiana com presença mundial – completou que não haverão mais artistas como Michael Jackson, por exemplo, no sentido de dominar as informações relativas ao seu estilo, hoje tudo estaria mais `pulverizado` e o caminho seria estreitar laços, se aproximar do público com conteúdo verdadeiro e franco ao público.
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The Future Of Clubbing
A casa noturna tradicional ainda tem lugar na cultura eletrônica moderna? Os clubs estão sob pressão de diferentes maneiras, desde as formas como a música eletrônica está mudando – com pessoas preferindo grandes eventos ao invés de uma noite em uma pista – até a gentrificação de vizinhanças anteriormente baratas, e até a mudança nas leis de licenciamento. Ainda assim, alguns clubs fazem um incrível trabalho em manter-se relevantes e populares. Como você faz um club ressoar com o público de hoje e quais são os segredos para mantê-lo?
Mark Lawrence – AFEM
Hans Hess – Egg London
Moderador: Gary Smith – Rio Music Conference / ADE
Comentário: Nazen Carneiro (TUDOBEATS / HOUSE MAG)
Gary Smith é uma figura única. Um dos curadores de duas das principais conferências do mundo: Rio Music Conference e Amsterdam Dance Event, Gary conduziu os debates que mediou com bom humor e muito conteúdo. Junto dele estava Mark Lawrence, CEO da AFEM – Association for Electronic Music – uma organização sem fins lucrativos que representa os interesses em comum de empresas globais e indivíduos que trabalham na indústria da música eletrônica e Hans Hess, chefe de um dos mais reconhecidos clubs do mundo, o EGG LONDON, sonho de consumo de quem gosta de música eletrônica e um dos mais tradicionais da cidade de Londres. Isto posto, não precisa dizer que o assunto fluiu naturalmente apontando mudanças nos clubs, desde a forma de se comunicar até mesmo suas estruturas e a experiência que o club proporciona. No cenário de hoje, com o crescimento da cena dos Festivais, os clubs são obrigados a repensar o que oferecem, quando perguntado sobre o que os clubs devem fazer, ele disse:
“Seguir suas raízes e realizar os melhores eventos e festas que você puder. Ter uma combinação de produção, sistema de som e luzes, convidados, público e etc para incendiar a vibe das festas. Se você presta atenção nos mínimos detalhes, então o todo tende a evoluir naturalmente, e no nosso caso tem nos levado a um sucesso maior.” Hans Hess, Egg London
Mark Lawrence acrescentou que estas dificuldades são globais e os clubs, não apenas em Londres, mas em toda a Europa e Américas passam por situações semelhantes. No caso de Londres existe muito forte a questão da `gentrificação`, ou seja, a especulação imobiliária que eleva os preços dos imóveis assim como o valor dos aluguéis, empurrando os locatários para outras regiões.
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A música eletrônica além das pistas – powered by Austro
A busca por oportunidades no mercado da música eletrônica através de plataformas de streaming como Youtube e Spotify, publicidade e relacionamento com marcas, sync, publishing e a seleção de músicas para programas de TV, novelas, entre outras.
Andrea Thompson – Austro/Som Livre
Gabriel Hackme – Austro/Som Livre
Alexandre Sarthou – Slem
Leo Piovezani – Elekfantz
Daniel Kuhnen – Elekfantz
Rafael Arraes – Dream Factory
Mediadora: Rafaela de Carvalho / Austro/Som Livre
Comentário: Nazen Carneiro ( House Mag )
A Austro surge para o mercado como uma marca estruturada, com todo o respaldo de uma empresa consolidada internacionalmente como a Som Livre e formada por profissionais de alto gabarito e que tem em seu cast artistas dos mais aclamados e respeitados da Indústria. Dito isso, o interessante é que o painel não foi algo `institucional` ou uma `propaganda` do selo, muito pelo contrário. Alexandre Sarthou mostrou a importância da produção musical para a Indústria do entretenimento em geral, como para a TV em programas dos mais variados e, claro, a propaganda. Programas de TV dos mais tradicionais tem “música eletrônica” todos os dias como por exemplo o Globo Esporte. O duo Elekfantz destacou que não produz músicas sob encomenda e comentou sua relação com o público. Plataformas como Spotify, listas de conteúdo e as diferentes abordagens ao público nesse contexto deram o tom de boa parte do painel, mostrando que a Austro está afinada com os desafios atuais.
Comentário: Cau Bartholo (DJ/Cantora/Produtora @caubartholo)
A busca por oportunidades no mercado da música eletrônica além das pistas foi o tema abordado nesse painel e trouxe uma nova perspectiva sobre como além de produzir e fazer shows, ainda existe um outro mercado gigantesco a ser explorado. Nesse painel absorvi muitas dicas num bate-papo com a dupla de produtores do ELEKFANTZ que levou pelo 3º ano o prêmio de melhor Live no RMC. Utilizando das plataformas digitais como Deezer, Spotify, Apple Music e Youtube o artista pode lançar suas músicas sem precisar de um Selo ou Label por exemplo. Além de outras formas inteligentes de usar essas plataformas para alcançar resultados significativos na carreira. Os principais pontos desse painel:
- Divulgar e distribuir a sua música pelas plataformas digitais.
- Tornar-se um curador de conteúdo musical através de playlists.
- Músicas para o mercado publicitário, televisivo e como atingir marcas.
Divulgar e distribuir a sua música pelas plataformas digitais sem precisar de um Selo ou Label pra isso é sem dúvida uma grande oportunidade para quem já está produzindo, tem um feedback positivo de suas produções mas ainda não conseguiu a atenção de um selo ou distribuidora. Com as plataformas digitais como o Spotify por exemplo o artista pode upar a sua música e conseguir a visibilidade que tanto almeja e quem sabe até faturar com isso no futuro. Mesmo o Spotify não liberando a música imediatamente, essa plataforma é uma das que mais cresce no Brasil e vale a pena usufruir desse espaço. O Youtube também tem essa facilidade e hoje bilhões de pessoas usam o site para ouvir música. A dica é explorar e não ter medo de investir nessas plataformas que podem ajudar e muito na divulgação do seu projeto.
Há algum tempo venho tomando alguns conceitos como parte da minha rotina de trabalho, como a curadoria musical, muito bem mencionada nesse painel. Mas o que seria isso? A curadoria musical na forma mais simples seria você usuário do Spotify por exemplo, ter playlists concisas, com um bom gráfico, foco no público alvo, segmento bem elaborado, afim de conseguir seguidores pelo seu gosto musical. Essa é uma forma eficaz de se tornar um curador musical nas plataformas, obter sucesso e até renda, mesmo que inicialmente pequena, hoje existem playlists com milhões de seguidores por lá e consequentemente geram lucro e o melhor de tudo visibilidade e fãs. Pra pensar: qual a minha relevância como curador, que imagem e que bandeira eu levanto?
A dupla Elekfantz engatou uma de suas músicas em uma novela recentemente mesmo já tendo alguns anos de lançada, o mercado televisivo está aí para ser explorado mas nem todo mundo quer ficar nos bastidores, mas aí é que o jogo pode mudar se sua música for um sucesso em uma novela, imagine a grandeza disso. Conseguir colocar uma música em um comercial, ou até mesmo criar algo visando uma marca pode render bons frutos de trabalho.
A música eletrônica está tomando um lugar tão importante no Brasil que um ótimo exemplo a ser mencionado é a empresa Som Livre, grande gravadora que acaba de lançar um selo dedicado exclusivamente ao gênero. A Austro Music esteve presente nesse painel e deixa bem claro que o caminho é vasto e está aberto a novas possibilidades e talentos.
O lance é abrir o leque e perceber que a música eletrônica ou a música em si está aí acessível em todo lugar em diversas plataformas e que as pessoas estão migrando sim pra esse tipo de consumo musical e que a grande sacada da vez é justamente estar inserido nesse movimento. Como diz a apresentação da Austro Music vamos atrás de inspiração e quem sabe ser essa rajada de ar fresco no cenário da música eletrônica. Ah e vem me ouvir né? Spotify: @caubartholo
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Q.A. Victor Ruiz – DJ/Produtor
Victor Ruiz é uma referência de artista que soube se reinventar e criar uma próspera carreira em cima do seu talento para a música. Um dos maiores exponentes do Techno nacional participa do bate papo exclusivo no Rio Music Conference 2017.
Moderador: Leo Janeiro
Comentário: Saulo Ferraro
1. A criatividade tem que ser motivada junto com a perseverança e muito trabalho, 2. Os principais países que se sentiu melhor e quais foram os principais eventos (Argentina, Chile e BPM festival), 3. parcerias e amizades estrangeiras que corroboram suas produções (D-Noxx), 4. Tive experiências no exterior tocando no UY e senti a mesma vibração do público, e quando artistas importantes estão junto com você assinando embaixo lhe da forcas para prosseguir.
Comentário: Priscila Winter – DJThe Winter
Dj e producer reconhecido nacional e internacionalmente, Victor Ruiz é hoje um dos maiores nomes da cena eletrônica brasileira. Victor nos contou como é a sua rotina em produção e todos os equipamentos que dispõe para este fim. De forma descontraída, Victor disse não se programar muito para suas gigs… Carregando um repertório de 2000 músicas, Victor conta com seu feeling para ferver as pistas…uma receita que sempre dá certo!
Comentário: Arthur Q.- Conception
Se existe hoje um artista que devemos dar atenção não só musicalmente, esse artista é Victor Ruiz. Despido de estrelismo e com simplicidade, o artista compartilhou conosco um pouco de suas vivências e parte do que aprendeu durante seus anos de carreira. Seja de onde ele começou, como foi a estrada para o sucesso, até conselhos sobre erros e acertos que o mesmo cometeu, lugares por onde passou e até festas que já teve que tocar para conseguir alcançar seus sonhos. Creio que um dos pontos cruciais desse papo aberto seja justamente a questão de caminhos que se fazem antes de atingir os próprios objetivos. Como sabemos, Victor não se tornou DJ e depois começou a produzir, mas sim o contrário, pois o mesmo sentia a necessidade de produzir suas próprias músicas. Vale ressaltar que os grandes heróis da nossa cena nacional além de serem excelentes artistas em suas apresentações, também são produtores que sempre que podem trazem novidades para as pistas com originalidade e demonstrando claramente sua identidade musical.
Outro ponto extremamente importante e que todos nós devemos dar atenção, é a preocupação que o artista tem com seu posicionamento em redes sociais. Local que pode nos levar ao declínio por posições e ideais diferentes que podemos ter em diversos aspectos da vida, disse o artista. Quando questionado sobre seus erros e acertos, Victor fez questão de ressaltar esse ponto e deu seu exemplo de vida de como as coisas podem desandar muitas vezes pela exposição excessiva de conteúdos. Estar com Victor e poder participar dessa troca de ideias com alguém que nos recebeu com os braços abertos foi extremamente enriquecedor, tanto em questões profissionais quanto em questões pessoais sobre atitudes que muitas vezes tomamos e muitas vezes não percebemos. Sabemos também que muito ainda iremos aprender com esse expoente do techno nacional.
Comentário: Cau Bartholo (DJ/Cantora/Produtora @caubartholo)
Fiz questão de tomar um lugarzinho ao sol nessa conversa com o grande DJ e Produtor Victor Ruiz, sou fã mesmo e fiquei vidrada no papo. Victor contou que começou a produzir antes de tocar e que a primeira vez que foi se apresentar como DJ não sabia tocar e que seus treinos geralmente eram ao vivo nas festas, pois quem tem grana pra comprar todos os equipamentos logo de cara não é mesmo? Todos vivenciamos isso algum dia ou ainda vivem. Ele também mencionou as dificuldades de produzir naquela época onde não haviam cursos, tutoriais e ainda o drama de dividir o computador com toda a família.
Victor diz que gosta de misturar sons na hora de tocar, que ele pode soltar um Techno e de repente meter outra pegada, esse lance de dizer que é DJ disso ou daquilo não cola muito com ele, o que faz a gente pensar que é isso mesmo. DJ de quê? De música, de sonoridades dentro do eletrônico, pronto. Se reinventar faz parte diz ele em outro momento visto que começou sua carreira no Psy Trance e até hoje algumas de suas produções vem com essa referencia musical. Mas se a gente como produtor olhar a música como universal a chance de criar algo original é muito maior do que ficar bitolado em um estilo.
Paciência e referência, duas palavras muito bem colocadas por ele nessa conversa. Paciência pra chegar aonde quer e referências sonoras, de artistas, imagem, ter sempre referências pra começar algo, meio que tudo já foi feito? Claro que não se você ousar e usar sua inteligência, paciência e boas referencias na hora de produzir.
Duas referências citadas pelo cara que está tomando o mercado nacional e internacional na música eletrônica. DJ: Sam Paganini. Música: Porcelane, Moby. Olha… eu tenho que concordar, Porcelane é uma das melhores músicas do mundo vocês não acham?
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International Collaboration: Can Local Labels form successful strategic partnerships with European, Asian and US labels?
Está claro que o peso da experiência de aproveitar o melhor da cena eletrônica está em labels na Europa, Ásia e América do Norte, continentes os quais foram parte essencial do cenário desde o fim dos anos 80. Como labels locais e distribuidores tiram vantagem desta experiência ao mesmo tempo em que mantêm-se verdadeiros às necessidades e aspectos individuais de seus mercados locais? Já existem relacionamentos de trabalho bem-sucedidos entre labels de outros continentes e empresas na América do Sul? Como estes acordos deveriam ser estruturados e quais são os possíveis desafios de planejar uma operação com a música que combina o melhor dos dois mundos?
Mark Lawrence – AFEM
Roland Leesker – Get Physical
Moderador: Gary Smith – Rio Music Conference / ADE
Comentário: Nazen Carneiro (NZPR)
Mais uma vez Gary Smith trouxe toda sua experiência junto de duas figuras emblemáticas no mercado. Gary e Mark Lawrence (conforme descrito acima) e Roland Le Esker, comandante de um dos selos mais ativos e prestigiados do mundo, o Get Physical. Para uma platéia formada essencialmente de DJs e produtores as informações ditas ali eram como água para quem está no deserto. Atentos a cada palavra – que era traduzida simultaneamente pela competente equipe de tradutoras do RMC – os presentes ouviram que na verdade o mercado internacional está aberto as colaborações com selos e profissionais brasileiros e quem esperava algo mais fechado se surpreendeu ao ver que o `boss` da get physical estava totalmente aberto as perguntas e a receber materiais.
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As novas regras do jogo para o Artista Independente na indústria da musica digital
Que o mercado da música mudou, todos sabemos. Mas como está a nova indústria da música mundial e onde estão as oportunidades para os artistas independentes? Vamos discutir grande parte das oportunidades com cases, números do mercado e serviços de várias empresas no mundo que pode ajudar você, artista independente, a achar o caminho certo.
Marcos Chomen – CD Baby
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Nesta abordagem, Marcus Chomen – CD Baby – nos apresentou estatísticas reais e cases de sucesso, no universo da veiculação de tracks. Com 7 bilhões de habitantes no planeta, apenas 100 milhões de pessoas pagam por streamings; atestando um mercado promissor. Marcus deu dicas aos novos producers e o cronograma que o artista deverá seguir para veicular suas tracks e almejar o sucesso!
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Wanted
O mercado de contratações continua sendo um motor para o nightlife. Como funciona e quais são os pontos importantes a serem observados na contratação de um artista por diferentes lados?
Eli Iwasa – DJ
Tony Tomaino – Terraza
Juba Jacomino – Grupo GV
Stefano Cachiello – D.Agency
Mario Sergio – Laroc
Moderador: Bruna Calegari – Hot Content
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Sem dúvida, uma das palestras mais concorridas do evento. Empresários da cena eletrônica bateram um papo descontraído, contando como organizam os line-ups em seus clubs. DJ e empresária, Eli Iwasa disse se sentir em vantagem sobre os demais, no quesito atualização. Por ser uma das djs mais requisitadas do país, acompanha o público da cena eletrônica de perto, bem como novos talentos que surgem.
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Off Circuit
Em um país continental, não é de se surpreender que cidades no extreme norte ou sul sejam verdadeiros pólos de cultura eletrônica, e que os artistas e empresários de grandes centros nem imaginam. Por isso convidamos empresários para um debate sobre a intensa movimentação de novos projetos ligados a música eletrônica fora do eixo Rio-São Paulo, de norte a sul do pais.
Bernard Teixeira – Pump / Manaus
Tiago Greco – Place Lounge/ Cocal do Sul
João Ricardo – Casa Groove / São Luis
Thiago Valentin – Ag. Hauser / Vitoria
Anny Brito – DJ / Sergipe
Comentários: Anny B (DJ / Tropical Beats) – Sergipe
No painel Off Circuit abordei como costumam ser feitas as contrações de grandes artistas no Nordeste. Onde por possuir diversos estados, proporcionam acordos de fechar um volume maior de datas em determinadas temporadas. Assim como, o Thiago Valetim (Ag. Hauser/Vitoria) repassou a questão de fortalecer seu evento, para que desperte o interesse dos artistas em voltar, mesmo em menor proporção das grandes festas nacionais. Bernard Teixeira (Pump / Manaus) além de outras coisas comentou sobre a dificuldade na logística em relação as passagens para Manaus que atrapalham alguns planejamentos. Já o Thiago Greco (Place Lounge / Cocal do Sul) mencionou a diferença no crescimento dos cachês de artistas. Também do Nordeste teve o João Ricardo (Casa Groove / São Luis) falando sobre as alternativas que o DJ tem de se manter no mercado na região.
O público ficou bem interessado e extrapolamos o limite do horário, mas sem dúvidas todos nós ficamos bastante satisfeitos com essa participação! Foi incrível conhecer um pouco mais sobre o trabalho desses grandes profissionais que compartilharam o painel comigo. E uma imensa satisfação em repassar meus conhecimentos. Aproveito para agradecer a oportunidade ao Claudio Miranda, Pedro Nonato e Leo Janeiro.
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O Caminho para o Mercado Internacional
Na hora em que você decide se tornar um profissional no mundo da música eletrônica, o primeiro grande desafio a ser superado é o de se estruturar e planejar sua carreira rumo ao sucesso. Com o intuito de auxiliar Djs, produtores musicais e de eventos e gravadoras a pensar e desenvolver suas profissões a longo prazo, o workshop vai juntar pontos específicos utilizados no planejamento estratégico do mundo corporativo com um panorama amplo e dados concretos do mercado atual da música eletrônica.
Diogo O‘Band – Empreendedor
The Kraken – The Kraken Music
Comentário: Cau Bartholo (DJ/Cantora/Produtora @caubartholo)
O Caminho Para o Mercado Internacional foi um dos primeiros painéis que escolhi assistir dentre tantos encontros maravilhosos acontecendo ao mesmo tempo. Foi uma grata surpresa ouvir os conceitos de Planejamento de Carreira colocados pelos “Speakers” Diogo O B’and e Carol Martins que juntos administram o site: https://www.ocaminhoworkshop.com que aliás é riquíssimo em conteúdo para DJ’s e Produtores. E falando em engajar, essa foi uma das primeiras palavras que tomei nota nessa conversa; engajamento. Para mim, estes foram os principais pontos desse painel:
- Engajamento; como criar uma base de fãs.
- O que fazer para se diferenciar dos DJ’s que ainda não aproduzem e estar um passo a frente na hora de fechar gig’s.
- As alianças que podem ser feitas nesse mercado.
- Como eu vendo minha imagem, aparecer na vitrine.
Alguns desses pontos abriram minha percepção sobre como realmente começar a ser inserida no mercado ainda no início, mesmo tendo quase 15 anos de carreira como DJ só entrei na produção a cerca de 3 meses ao cursar a AIMEC em Florianópolis – SC. Bom o engajamento com os fãs realmente é uma ferramenta e tanto, pois sem eles não há base já que são eles que sustentam o artista comprando suas músicas, curtindo suas postagens, fotos e set’s nas redes sociais, então entender que se envolver com os fãs de uma forma respeitosa e carinhosa pode te levar a outro nível de aceitação no mercado, é realmente importante.
Sobre se diferenciar no mercado, um passo simples e efetivo ditado pelos dois é ao começar os estudos de Produção Musical, tentar criar seus próprios Re-edits que nada mais é do que reeditar um sucesso ou track do seu gosto e começar a jogar na pista no meio dos set’s e de repente ir mostrando já a sua identidade ali, isso certamente irá te diferenciar de um DJ que apenas toca as músicas dos artistas consagrados.
Acho que o comentário mais importante desse encontro foi o lançamento da palavra “Aliança” na roda. As pessoas tendem a querer fazer tudo sozinhas afim de ter o mérito pra si, mas a verdade é quem ninguém faz nada sozinho e a ideia de aliança vem exatamente disso, eu como cantora posso me aliar a um produtor já com experiência e somar forças, cada um dá o que tem de melhor e disso pode sair uma parceria e claro muito aprendizado, então vale guardar as falas sobre aliança dessa dupla.
Carol deu seu exemplo de como foi parar na vitrine da Label de que era contratada e no final das contas acabou ganhando um selo e virou sócia da The Kraken. Ela lançou um hit que saiu em uma grande compilação Italiana e teve seu nome em uma lista com grandes nomes da E-Music mundial, com essa sorte as pessoas começaram a questionar quem era ela e enfim a história vai mais longe.
Na minha percepção como DJ, me senti imensamente feliz de visualizar que não estou tão longe dessas informações, tenho uma boa base de fãs nas redes sociais, sempre atualizo com contéudo bacana, minha agenda, aquele set atualizado enfim, esse workshop me deu uma luz pra melhorar o engajamento e o planejamento dessa estrutura que envolve ser um artista estando sozinho na luta.
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Musicnonstop apresenta: Há vida inteligente no jornalismo musical?
Carlos Albuquerque Calbuque – Programa Modular/Calbuque.com
Silvio Essinger – O Globo
Gabriela Loschi – House Mag
Bruno Natal – URBE
Moderadora: Claudia Assef – Musicnonstop
Comentário: Gabriela Loschi (Editora-chefe de conteúdo digital House Mag)
O jornalismo como um todo vem se reinventando há anos no Brasil e no mundo, devido às novas formas de organização social, novas tecnologias, redes sociais, globalização nos quatro cantos do planeta. Com o jornalismo musical não é diferente e talvez a modalidade seja até um pouco mais sensível a estas mudanças, visto que a música é uma paixão e é compartilhada diariamente de diversas formas. Tendo tudo isso em vista, a querida e veterana Cláudia Assef reuniu um time de respeito para falar sobre os rumos do nosso jornalismo, discussão a qual eu participei contando um pouco sobre os desafios de gerir o conteúdo diário da House Mag, da escolha de pautas, de lidar com um público crítico – mas que muitas vezes está mais pra criticista – nos comentários e como todo o mercado está lidando com estas mudanças. Carlos Albuquerque, Bruno Natal e Silvio Essinger compartilharam seus pensamentos sobre reviews, blog, viabilidade e engajamento de notícias musicais, e passearam pelos nossos desafios diários, dentre eles como lidar com as assessorias de imprensa. Foi uma conversa natural e muito produtiva saber como os colegas de outros veículos que não são especializados em música eletrônica pensam.
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DIA 2 – QUINTA FEIRA, 16/02
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Key-note speaker Thomaz Naves: A força da TV no Brasil
Além da mídia: como os eventos de música e suas experiências de marca podem ajudar a mídia tradicional a transcender e criar novas plataformas para clientes, patrocinadores e público.
Thomaz Naves – Record TV
Comentário: Nazen Carneiro – TUDOBEATS HOUSE MAG
Thomaz Neves é executiva da Record TV e falou sobre a mudança de posicionamento a mesma em relação ao Rio de Janeiro, cidade onde está presente a décadas. Citou inclusive a troca da sede da Record para um local mais visível aos cariocas. Além de falar sobre a emissora e sua parceria como veículo oficial do Rio Music Conference, Thomaz também contou cases de sucesso de sua carreira profissional como por exemplo, a vinda da banda pop U2 ao Brasil.
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Na Rota dos Festivais
Eles são o reduto da diversão nos dias de hoje e, mais do que música, representam um estilo de vida e uma cultura singulars. Neste painel, um dos mais concorridos dentro do RMC, convidamos porta-vozes de festivais que vão estar em alta em 2017, contando tudo que você quer saber para garantir o seu lugar.
Miguel Marangas – Rock in Rio / Eletrônica
Zagonel – Warung Day Festival
Otacilio Mesquita – Sunflower
Mauricio Soares – Electric Zoo Brasil
Edson Dias – XXXperience
Moderador: Franklin Costa – Mana
Comentário: Saulo Ferraro
Profissionais da cena muito competentes e com anos de experiência citaram todos as suas trajetórias para chegarem ate ali. 2. O auge foi quando o assunto foi abordado sobre trazer marcas prontas ous criar a sua própria marca, qual a maior vantagem. 3. Idem a 2. 4. Estamos tentando fortalecer uma marca nacional com um contexto eletrônico bem conceitual a 6 anos e estamos enxergando todas as dificuldades que são para manter e custos altos para administrar e ser bem sucedidos. em cada edição do projeto.
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Empresários de grandes festivais nos contaram como vivenciam a produção de grandes eventos, desde sua idealização, às diversidades, o público, a veiculação de ingressos etc.
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Brands are Not Your Friends, But They Surely do Need Your Talent
Uma palestra que explica como tomar conhecimento dos produtos e marcas populares que são parte do nosso dia-a-dia. Isso irá permitir que você escale dentro da mente de uma pessoa criativa e comece a pensar de forma diferente sobre marcas, sobre o que elas realmente são, o que elas significam para todos nós e o que elas precisam da comunidade criativa. E claro, a grande questão é: o que sua música pode fazer por elas? Esta é a sua chance de mudar sua mente para melhor.
Rodrigo Ferrari – Africa Agency
Moderador: Bruna Calegari – Hot Content
Comentário: Nazen Carneiro
Rodrigo Ferrari, da Africa Agency falou sobre a importância da música nos videos publicitários. Colocou o peso da música na video como 50% de sua importância, revelando muito espaço para a produção musical dentro deste segmento. O publicitário trouxe ainda videos de campanhas de sucesso da Africa Agency, todos com cases de músicas que se tornaram mitos.
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POLYSOM
A maior fábrica de vinil da América Latina continua na ativa, conta suas histórias e fala do atual momento do vinil.
Rafael Ramos – Polysom
João Augusto – Polysom
Moderador: Claudia Assef – Musicnonstop
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Este painel abordou a re-invenção da indústria fonográfica, através da novas técnicas para prensagem de vynil e como o formato retomou parte do seu espaço no mercado brasileiro e internacional.
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Women’S Music Event apresenta: Mulheres No Estúdio
O Women’s Music Event (WME) é uma plataforma de música, negócios e tecnologia que chegou no mercado para acelerar o protagonismo das mulheres na indústria da música. Um dos conteúdos on-line de maior interesse no WME é o “Meu Estúdio”, em que produtoras dissertam sobre seus equipamentos, método de trabalho e outras artimanhas de estúdio e gravação.
Ananda Nobre – DJ
Nana Torres – DJ
Érica Alves – Produtora/Cantora
Marian Flow – Tropical Beats
Moderador: Claudia Assef – MusicNonStop
Comentário: Cau Bartholo (DJ/Cantora/Produtora @caubartholo)
Pra quem não conhece, o Women’s Music Event (WME) é uma plataforma de música, negócios e tecnologia que chegou no mercado para acelerar o protagonismo das mulheres na indústria da música. Eu mesma conheço a pouco tempo mas já estou cadastrada por lá. Nesse painel as convidadas falaram sobre seus equipamentos, métodos de trabalho e outras artimanhas de estúdio e gravação.
Foi um bate-papo descontraído sobre como essas mulheres incríveis chegaram ali na frente conversar com a gente, a sala estava cheia de mulheres e foi inspirador estar ali pois nós sabemos que esse é um mercado dominado pelos homens, mas estamos aí buscando nosso lugar nesse cenário.
A WME tem uma coluna chamada “Meu Estúdio” onde as entrevistadas falam sobre suas formas de produzir, a mediadora minha xará Claudia Assef mencionou a entrevista com a Nina Kraviz, onde ela diz ter três cidades base de produção por estar sempre viajando e cada lugar desse onde fica um pouco, ela pode produzir. As convidadas desse painel discorreram sobre seus processos, a Marian por exemplo que faz parte da dupla Flow & Zeo com seu companheiro, mencionou que agora está começando a tocar guitarra e que já está inserindo alguns riffs em suas músicas. A Érica cantora e produtora comentou a importância de ter parceiros na área, gente que produz, que tem estúdio ou determinados equipamentos e somar forças, caso ela esteja em uma viagem de trabalho, poder contar com essa parceria para gravar uma ideia que pode surgir. Aliás parcerias com produtores, DJ’s, cantores foram mencionadas em muitas conversas durante o RMC e realmente a colaboração só tem a enriquecer o cenário, o projeto de cada um.
Dentre os 5, 6, 7 painéis por dia que assisti, esse eu guardo com carinho pelo fato de estar em uma sala repleta de mulheres na platéia e na “bancada”. Cada vez mais nós mulheres estamos tendo referência de poderio feminino no cenário da música eletrônica, e não é uma questão de feminismo, mas sim de abertura desses espaços para que nós tenhamos vez, voz e verdade. Quer melhor exemplo do que uma mulher levar 3 prêmios esse ano no Rio Music e estar lá pra ver?
A DJ e produtora ANNA levou pra casa o prêmio de melhor DJ Underground, melhor Produtora e melhor Track de 2016, é pra glorificar de pé como dizem por aí.
Eu sou DJ há 15 anos, uma recém-nascida na produção musical, acabei de me formar na AIMEC e estive pela 1ª vez no Rio Music Conference e só posso dizer obrigada pelo que vi, vivi, ouvi e senti. Volto ano que vem e volto um dia pra concorrer a uma categoria dessas, uma cadeira dessas…
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DJ MEME WORKSHOP apresenta: Longevidade na carreira
Chegar ao topo não é tão complicado como parece. O difícil mesmo é manter-se depois disso. Conheça artistas que resolvem sua carreira com maestria, reinventando-se a ponto de não sofrerem com altos e baixos.
Fernanda Abreu – Cantora
Anderson Noise – DJ
Moderador: DJ Meme – DJ
Comentário: Gustavo Vidal , 24 anos, de Patos de Minas/MG, DJ e Produtor do Drakkar
Como foi: Foi um painel bem bacana com nomes antigos do cenário da música nacional que se reinventaram e se mantiveram na cena sem perder suas raízes musicais.
O que falaram: Os convidados contaram de suas experiências e como eles se reinventaram sem perder sua essência.
Quem falou o que: – Otavio Fagundes: “A paixão é que move o trabalho.” Otavio falou sobre a importância de ser humilde para se manter no mercado.
– Anderson Noise: Anderson falou dos seus projetos, e como as diversas frentes em que ele investiu tem se mostrado alternativas pra se manter sempre se apresentando.
– Fernanda Abreu: Fernanda contou a história da sua carreira, que mesmo com todas as adversidades, se reinventou e consegue se manter no mercado até os dias atuais.
– Memê: “Caso você mude, a mudança deve ser natural para que você não perca sua essência. E é natural que isso aconteça.”
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DIA 3 – SEXTA-FEIRA, 17/02
A arte de encantar uma pista
Como uma noite numa pista de dança pode fazer total diferença, quais são os conceitos básicos para uma pista feliz!
Octavio Fagundes – Privilège
Tutty Rodrigues – Love Sessions
Badenov – MOO
Dani Vieira – DUO
Moderador: João Anzolin – Subtropikal
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Grandes nomes que comandam as festas + badaladas do país, abordaram a questão do comportamento do público noturno e como se preparam para situações constrangedoras. Octavio Fagundes – dono da casa noturna Privilège e admirado por todos – contou como prepara seu staff, para minimizar os excessos do público noturno. Sua postura como gestor empresarial e a experiência de anos, sem dúvida o faz um dos maiores nomes deste setor.
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NIGHTLIFE
Um bate papo descontraído com uma personalidade da cena da noite carioca, onde contam um pouco de como é o dia-a-dia trabalhando com diversão.
Leo Ziller – Agitador Cultural
Cabbet Araujo – Empresário
Clarisse Miranda – Hostess
Kisy – RP
Moderador: Bruna Calegari – Hot Content
Comentário: Saulo Ferraro
1. Simpatia e Carisma são uma ferramenta muito importante para todos os profissionais da noite. E ouvir a todos os novos que estão acabando de entrar é o oxigênio para desvendar novos talentos e novos projetos. 2. O auge do painel foi quando Cabbet falou sobre sua experiência em liderar a noite e viver com o que gosta de fazer sem se sentir fadigado porque ama o que faz. 3. Idem ao 2. 4. Estou vivendo da noite atualmente e sinto os mesmos contextos sendo trabalhados internamente no mercado e comigo idem.
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Ocupação de espaços públicos
Diversão para todos é algo fundamental, e o espaço público é uma alternativa para torná-la acessível a todos. Neste painel vamos debater como os espaços públicos podem ser ocupados legalmente com música e cultura, e o quanto isso é importante socialmente e culturalmente.
Nazen Carneiro – Free Zone
Fernando Deperon – Me Gusta
Daniel Bruch – M.A.R
Esdras Rocha – ONDA
Moderador: Diogo Dreyer – jornalista
Comentário: Nazen Carneiro (Free Zone/NZPR)
Foi um grande prazer prazer estar junto deste time de profissionais que tem em algo em comum além de serem produtores de evento: trazer a música para o espaço público. Ocupar o espaço público com arte, é tirar a violência e a criminalidade daquele espaço. Ocupar o espaço público com arte é oferecer conteúdo de qualidade à população em geral, gratuitamente. Ocupar o Espaço Público com arte é ação cultural, mas e de educação, de civilidade, tem que estar debaixo do guarda-chuva de ações afirmativas do Estado, como política direta. Nós produzimos eventos que fazem bem para a sociedade, é fundamental que o nosso trabalho exista. A cidade tem que ser viva, tem que ser 24h, tem que promover a inclusão cultural.
O projeto Free Zone, realizou seu quadragésimo evento em 2016. Quarenta intervenções urbanas trazendo discotecagem, artes visuais, arte circense, performance, instrumentistas, grafiti dentre outras formas de expressão da arte para o espaço público. PARA A PRAÇA. Para as pessoas.
Ao trazer a música eletrônica para o espaço público quebramos paradigmas e colaboramos para a desestigmatização da imagem da música eletrônica, afinal diferente formas de arte convivem num espaço com pessoas de todas as idades, dos jovens aos mais experientes e crianças – inclusive de colo. Um ambiente plural, sadio que oferece condições pefeitas para a troca de experiências. Eu vejo o Free Zone como uma plataforma para que este tipo de ocupação aconteça não apenas em Curitiba, mas em diversas cidades, apresentando artistas a novos públicos, gerando referências sonoras e contribuindo de forma substancial para Indústria Criativa uma vez que liga o produtor de arte com o consumidor de arte. Vamos em frente!
Quero registrar o meu sincero OBRIGADO ao parceiro Claudio Rocha Miranda Filho que faz do RMC o principal evento da América Latina em seu segmento, junto de uma brilhante equipe que conta, entre outros, com a competentíssima Claudia Campá e Leo Janeiro, que dispensa apresentações, este OBRIGADO é por abrir este espaço para podermos discutir e apresentar para nossa Indústria um segmento que, além de vital, de base, não para de crescer. Os eventos públicos fazem bem ao mercado, aos artistas, fazem bem ao público, então, o apoio de vocês é fundamental.
Comentário: Saulo Ferraro
Cada um resumiu exatamente o que é fazer uma evento fora de club ocupando espaço público, mesmo com muitos tramites, quando se há organização e planejamento conseguimos fazer acontecer. Quando todos os profissionais se demonstraram abertos a fazerem projetos futuros e utilizando os diversos tipos de ferramentas e conceitos diferentes segmentos junto com a diversificação. A Me Gusta na Praça Marechal Ancora do RJ que vivenciei cada momento de legalização e divulgação do evento e enfrentando dificuldades de chuva, festas no mesmo dia e cambistas vendendo externamente os produtos que nós precisávmos vender para bancar o evento… tudo isso impacta
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Neste painel, verdadeiros guerreiros da cena eletrônica brasileira nos contaram como é a elaboração de um grande evento, em áreas públicas. Desde às adversidades meteorológicas, burocracias que enfrentam, bem como a organização do evento em si….todas as dificuldades contribuíram para unir estes pequenos empresários e amantes da música eletrônica. Salvem eles!
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Música como Negócio, com Luiz Calainho
Um bate-papo com Luiz Calainho, uma das grandes referências no país em como transformar música em negócios rentáveis. Com onze empreendimentos alinhados, a holding L21, de Calainho, vem lançando tendências e transformando o cenário cultural e artístico brasileiro.
Luiz Calainho – L21 Participações
Gabriel Bichara – FIRJAN
Claudio da Rocha Miranda F – Rio Music Conference
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Sempre muito simpático e à vontade, Luis Calainho – ou simplesmente, Calainho como é conhecido – nos contou toda a sua trajetória profissional e como foi parar na indústria fonográfica, onde permanece há 20 anos. Calainho é um empresário de grandes idéias, visionário e que se reinventa all the time. Nos prometeu uma grande revolução na música para breve…. Aguardemos!
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Studio Sessions
Criar música é sempre um processo complexo, e muitas vezes produtores passam horas dentro dos seus estúdios procurando a batida perfeita. Fique por dentro dos métodos, equipamentos e decisões que este time de peso tem a compartilhar sobre seu estilo de vida como músicos.
Nytron / MOB – Mastering Ink
Keskem – Farris Wheel
Glen Faedo – DJ/Produtor
Johnny Glövez – DJ / Sony Music
Eudi – Músico / Produtor
Moderador: Marcelo Cic – DJ/Produtor
Comentário: Priscila Winter (DJThe Winter)
Também um painel bastante concorrido no RMC, produtores de renome contaram como é a rotina em produção eletrônica. Cada um apresentou seu home studio , contando como foi a elaboração do projeto: aproveitamento da área, tratamento acústico, montagem do equipamento, etc.. Como era de se esperar, também falaram sobre o processo criativo e como lidam em dias, em que não estão exatamente inspirados…hahaha! Todos os convidados foram muito acessíveis ao público, encorajando-nos a dar o primeiro passo, mesmo que não seja possível – financeiramente – ter o melhor equipamento.
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Workshop: Como Produzir Conteúdo Relevante e Bombar sua Música no Facebook
Na era das redes sociais, somos bombardeados diariamente com muitas informações em uma acirrada competição por atenção. Produzir conteúdo que desperte o interesse das pessoas para a sua página e para a sua música é essencial. Neste workshop, você receberá dicas práticas e insights sobre todos os aspectos da manutenção de uma página atraente para promover sua música no Facebook, desde a criação da sua identidade e linguagem, planejamento e execução do conteúdo, até o monitoramento e investimento em anúncios.
Matheus Tavares – Stereo Minds / Cat Dealers
Rodrigo Airaf – Stereo Minds / Federal Music
Comentário: Gabriela Loschi (Editora-chefe de conteúdo digital House Mag)
Foi um workshop super concorrido, muita gente infelizmente ficou de fora pois não cabia mais na sala – quem não quer bombar suas redes sociais hoje em dia, não é mesmo? – e o Matheus e o Rodrigo, fundadores do Stereo Minds, conduziram de maneira cativante e grande domínio. A dinâmica envolvia mostrar exemplos, tanto cases de sucesso que ambos trabalham em suas redes sociais e de clientes, quanto posts, linguagem e conteúdo que devem ser evitados – lembrando sempre que a identidade de cada rede precisa estar alinhada com a personalidade / conceito do artista / evento -, além de dicas de posicionamento. 45 minutos não foram suficientes para tanta informação e conteúdo interessante, mas quem esteve presente com certeza saiu de lá com belos insights sobre como trabalhar melhor este pilar tão importante do marketing – ou melhor, da vida – de qualquer artista e empresa.
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