Por Luiza Serrano
Foto de abertura: divulgação
Em um ano totalmente atípico, muitos projetos de música eletrônica aproveitaram para tirar ideias do papel e colocar em prática, tendo em vista a rotina de turnês e shows paralisada.
O duo Chemical Surf foi um deles. Trocaram a estrada por horas no estúdio e muita dedicação para intensificar os lançamentos e permanecerem ativos com boas novas para os fãs. Foi assim com “Pow Pow Pow”, em parceria com Kaskade, “Paranauê” com o talentoso israelense Zafrir, “Time” pela holandesa Spinnin’ Records, e “Senses” em colaboração com FFLORA, só para citar algumas.
Rolou até remix contest do hit “I’m About”, que vai até o dia 18 de dezembro e, o vencedor ou vencedora, terá sua versão lançada em um EP com remixes assinados por Victor Lou e Yolanda Be Cool que, inclusive, convidou os irmãos Lucas e Hugo para assinarem uma versão do clássico “We No Speak Americano”, lançada no início do mês de dezembro.
E tem mais! Os produtores brazucas aproveitaram para dar o start no seu próprio selo, R.I.P. Genres Music, que começou com o pé direito, com o lançamento de “Interestelar”, em parceria com Ghabe e vocais de Theff.
Não poderia ter hora melhor para bater um papo com Lucas e Hugo sobre essas novidades e já pensar em 2021, já que o ano está pertinho do final do seu encerramento. Confira!
HM – Como aconteceu a produção de “Interestelar” e a de “We No Speak Americano”? Elas possuem algo em comum ou são totalmente distintas?
Podemos dizer que são formatos distintos, embora dê pra sentir nossas características em ambos.
HM – Com esse lançamento, vocês apresentaram sua nova gravadora, a R.I.P. Genres Music. O que podemos esperar dos próximos lançamentos da label? Qual sonoridade estará presente?
Vamos honrar o nome da label, que em inglês significa “Descance em paz gêneros”. Portanto, nunca vamos ficar presos a nenhuma sonoridade específica, apenas lançar o que achamos interessante, independente do gênero.
No começo vamos lançar apenas nossas músicas, depois que aprendermos sobre a parte burocrática, vamos abrir espaço pra vários outros artistas.
HM – Vocês sentiram muita pressão em produzir o remix para o duo Yolanda Be Cool?
Sabíamos que era um trabalho importante. Afinal, ela foi lançada em 2010 e virou um hit no mundo inteiro. Jamais imaginávamos que dez anos depois do lançamento receberíamos o convite para trabalhar em um remix oficial desse clássico.
O duo Yolanda Be Cool, que produziu a versão original, resolveu lançar um EP em comemoração aos dez anos de sucesso da música e nos convidou para participar. Segundo eles, selecionaram os dois projetos que mais estavam tocando em seus sets nos últimos anos para remixar o maior hit deles. Além de nós, convidaram também a talentosa dupla romena Sllash & Doppe. Foi uma honra!
Foto: divulgação
HM – No estúdio, o ditado: “2 cabeças pensam mais do que 1”, é de fato positivo ou negativo?
No nosso caso é bem positivo. Mas, pode acontecer das duas cabeças não se entenderem, e aí ser negativo [rs].
HM – O que mais vocês sentem falta da vida em tour?
A energia do público na pista.
HM – O que podemos esperar da sonoridade do Chemical Surf em 2021?
Muita coisa diferente uma da outra, como sempre fazemos. Vamos continuar tentando achar novos caminhos, sem fugir das nossas características.
HM – Quais lançamentos já estão engatilhados que vocês possam nos contar?
Temos muita coisa pronta, incluindo colaborações de peso com Steve Aoki, Afrojack, R3hab, Gabriel O Pensador, Vintage Culture, Zafrir, etc. Algumas vão sair quando as festas voltarem, outras muito em breve. Vamos continuar lançando uma ou mais faixas por mês.